TB: O disco ‘Chiaroscuro’ possui influências da música erudita, tango, bolero e soul e soa um pouco diferente dos trabalhos anteriores. O álbum foi lançado à quase um ano e durante este período a banda já se apresentou em vários lugares. Como tem sido a reação do público com as novas músicas nos shows?
Pitty: Tem sido sensacional. Tudo que é diferente assusta no começo, as pessoas têm uma certa tendência à inércia. Passada a degustação inicial, a coisa tomou forma e hoje nos shows vejo a galera pedindo pra tocar as músicas do disco novo, inclusive os "lado B".
TB: Muitas letras do disco, como ‘Medo’ e ‘8 ou 80’, falam de anseios, medos, segredos e sofrimento que são comuns a todos nós. O disco reflete seus pensamentos com relação ao lado escuro da vida e a realidade?
Pitty: Sempre, né? Escrevo pra isso: pra exorcizar. Parece que colocar certas coisas no papel me traz alívio, conforto. É ver de fora os seus próprios fantasmas, e assim poder lidar melhor com eles.
TB: A música ‘Desconstruindo Amélia’, a meu ver, é uma homenagem às mulheres donas de casa. As fãs já chegaram a comentar a respeito da letra?
Pitty: Comentam muito. Se identificam, ou identificam suas mães. É o dilema da mulher moderna; se multiplicar e ser muitas pra dar conta do trampo, da casa, de si mesma e da família. E ainda lidar com a culpa de nem sempre ser suficiente pra tudo isso.
TB: O cinema também é fonte de inspiração na criação dos seus videoclipes? Você gosta de cinema noir?
Pitty: AMO. Aquele clima dramático e misterioso, aquela (pouca) luz, acho uma delícia. Tem chiaroscuro a beça no noir, não? Mas gosto de diversos tipos de cinema, desde pop-art a la Tarantino até o avant garde de Buñuel. E David Lynch, e Kubrick, e esses caras legais todos aí.
TB: Qual a sua expectativa para o show em Brasília no próximo final de semana?
Pitty: Ah, tô amarradona. Faz tempo que a gente não toca aí, e eu adoro. Tô indo cheia de vontade.
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